Uma empresa não sobrevive sem uma Gestão Econômica a não ser que esteja em um mercado de baixa competição, exemplo temos diversos, como o “boom” competitivo do mercado têxtil na década de 90 e os impactos para o setor.

E para uma boa gestão de custos, apenas monitorar o plano versus o real do que foi orçado normalmente pelo setor de Controladoria, não é mais o suficiente para garantir a competitividade e até a solidez da organização no mercado, nem a sua lucratividade. É preciso ir além.

É preciso buscar proativamente e de maneira contínua a redução dos custos internos para assim assumir novos patamares de desempenho.

Para iniciar este processo, tenha sempre em mente os desafios que irá enfrentar com sua equipe, para isso recomendamos que leia o artigo Implantações com Êxito para que tenha velocidade e não tenha surpresas durante este trabalhoso processo.

Importante informar que nesta jornada, iremos construir um processo de Gestão de Custos para identificar, mapear e destacar Custos Variáveis (Materiais + Custos de Transformação), onde por experiência encontramos os maiores gastos.

Não vamos falar aqui do “corte do café” ou outras despesas. Ou seja, quais são os custos variáveis diretos envolvidos nos processos de fabricação ou serviços e onde estão as oportunidades de redução com o intuito de realizar o “link” direto dos custos com seus maiores geradores e causas.

Não temos como objetivo apresentar e classificar, conceitos contábeis de alocação dos Custos e Despesas ou Fixos e Variáveis, que podem ser pesquisados na web em outros artigos.

Esta jornada tem como objetivo compartilhar conhecimentos através de uma linguagem prática e direta para que venha a ser utilizada entre fábrica e controladoria.

Todas as empresas possuem ofensores ou problemas em seus processos operacionais, administrativos e comerciais.

Falamos isso com toda a certeza pois o que diferencia é a intensidade destes problemas e o nível de tolerância que vem da cultura diretiva da empresa.

Um processo para redução dos custos de forma ativa, tem como base a identificação e localização das perdas do seu processo produtivo.

Para isso você precisará de todas as informações de ofensores do seu processo como paradas e/ou retrabalho.

É importante que tenha mapeado seus equipamentos, grupos de máquinas e que tenha uma base histórica consistente para que a metodologia seja aplicada sobre os maiores desperdícios reais da organização.

Portanto, nosso caminho começa pela Gestão da Produtividade.

O simples controle do que foi produzido, ou se produziu mais ou menos que outro período, não proporciona nenhuma informação para gestão ativa.

Estamos nos referindo a Produtividade que é o aproveitamento real e efetivo de todo e qualquer recurso disponível.

Para isso, na próxima semana iremos compartilhar todos os conceitos de Gestão da Produtividade ou OEE e os cálculos para seus indicadores, para assim você checar se está apurando onde ocorrem os maiores ofensores de horas do seu processo.

A ausência de informações consistentes pode direcionar ações de menor impacto sobre os desperdícios existentes.

Feito isso, na terceira semana vamos falar sobre a Classificação dos Gastos e entender mais sobre taxa hora, que é o custo por hora que deverá ser absorvido em cada etapa de seu processo e compõe o custo de transformação.

Para isso vamos fazer uma “leitura” mais sobre Demonstrativos de Resultados, não com a linguagem contábil utilizada pela controladoria, mas sim de forma prática e operacional para gestão dos gastos, é claro sem perder a essência dos números.

E para fechar esta jornada, vamos compartilhar com você um e-book sobre Cost Deployment. Disciplina de Desdobramento de Custos que compõe os 10 pilares da filosofia de gestão WCM – World Class Manufacturing.

Cost Deployment é uma das metodologia que implantamos direcionada para organizações que já possuem maturidade nas disciplinas anteriores e buscam a excelência nos seus processos internos e também no atendimento ao cliente.

Vimos então que redução de custos vai muito além do corte do cafézinho ou sensores de presença para o apagar das luzes, que também é importante para gestão ambiental.

Não é preciso dizer que o processo de compras e gestão de estoques também é importante, mas nestes artigos o assunto é custos variáveis e se queremos gerar ações sérias com maior profundidade, precisamos estruturar este processo de gestão.

Para isso é muito importante o nível de maturidade nas etapas de gestão anteriores, para que as informações certas cheguem com clareza para a equipe responsável e seu processo de “corte de custos” não vire  um tiro curto ou “voo de galinha”, ou seja, ações sem consistência que em pouco tempo não se mantém e seu investimento se torne mais uma despesa.

Desejamos muito sucesso e nos vemos na próxima semana.

Sobre o Autor:Victor Vitorette
Consultor e Mentor em Projetos de Gestão em diversas disciplinas nos mais variados segmentos. Sólida experiência em desenvolver pessoas através de implantações de sistemas de gestão voltados para melhoria da lucratividade. Formado em Administração de Empresas com Habilitação em Marketing, Especialista em Administração da Produção e Logística, Técnico Contábil