Aquela velha frase de que Custos são como unhas, você sempre deve estar cortando, em um mundo competitivo como o de hoje, nunca fez tanto sentido.
1. Custos Marginais: o custo de aquisição para expansão da força produtiva muitas vezes é menosprezado e a compra de equipamentos / contratação de mão-de-obra acaba sendo inviável pelo grau de ocupação desses itens, quando se inicia um novo projeto.
Na empolgação de novas tecnologias e projetos ambiciosos com mil promessas entrando, os CFOs, Controllers e Analistas de Custos deixam de calcular corretamente esse ponto, não entendendo no detalhe a viabilidade da empreitada.
Como Calcular: Baixe nossa Planilha de Cálculo de Custos Marginais.
Pontos de Atenção: toda vez que você tem um novo projeto que pressupõe aumento de volume, precisa entender que ao aumentar sua “força produtiva operacional” terá custos que terão que ser diluídos / absorvidos.
Se você compra equipamentos, terá que diluir a Depreciação no novo volume, se aumenta sua mão-de-obra direta, terá que diluir as horas/R$ dessas pessoas no volume a ser produzido e, se esse volume não for suficiente para diluir eficientemente os custos, você terá problemas.
Seu precificador / pricing pode até mostrar que você tem uma boa margem, mas se você não prestar atenção a esse ponto, entendendo o lote mínimo para diluição dos custos, pode entrar em uma roubada, tendo margens negativas nesse novo projeto.
2. Custo não Absorvido: se eu for falar sobre isso com um Contador #raiz, é capaz de ele querer me matar mas, nem todo Custo Deveria ser absorvido.
Sim, isso mesmo, o Custo que cada Produto / Serviço deveria absorver é o Custo Plano (Pricing ou Gerencial com perdas “toleráveis) e todo o resto do lixo de improdutividade, scraps, refugos, defeitos, etc, deve ser destacado como Sub-Absorvido.
Esse custo corrói inúmeras empresas que, sem perceber, continuam improdutivas e não sabem por que o Custo Real fica tão distante do Plano, mês após mês.
Como calcular: Assista nosso vídeo sobre Custo ABC x CLO (Capacidade Lucrativa Otimizável) para entender melhor como calcular.
Pontos de Atenção: esse aqui requer muita maturidade de Gestão de Custos para fazer, pois boa parte dos profissionais tem resistência a metodologias de Desdobramento e Gestão de Custos como Cost Deployment, UEP, CLO, Custo ABC, etc.
O importante é usar o melhor de cada metodologia e não ser um radical que prega um sistema de custeio que não apresenta o que sua empresa precisa saber, simplesmente por falta de conhecimento ou mesmo lassidão.
3. Custos de Portfólio: esse é clássico!
Eu sou um entusiasta da Inovação, porém quando vejo a quantidade de SKUs (novos produtos e serviços) que alguns clientes lançam todo ano, sem tirar de linha produtos e serviços antigos, chega a me dar arrepios.
Pare e pense de forma HOLÍSTICA, na CADEIA TODA, de esforço para Gestão dos Insumos, Semi-Acabados, Estoques, Trabalho Administrativo, etc, de produtos antigos, que muitas vezes tem MARGEM ou VOLUME de Curva B ou C.
Chega a ser insano, mas existe uma resistência das empresas em abdicar de produtos e serviços antigos (fazer Trade Offs), mesmo quando provamos sua ineficácia e falta de resultado.
A palavra chave aqui é #vaisemmedo e #desapego, pois esse ponto atrapalha toda a Cadeia Produtiva de forma assustadora.
Como calcular: Faça um levantamento de Curva ABC de Volume e Margem de cada produto.
Separe todos os produtos de Curva C e verifique quanto eles correspondem de margem.
Levante a Carga Operacional em Horas e R$ que esses produtos demandam da Cadeia Produtiva para serem produzidos / servidos.
Compare a Margem R$ gerada com o Esforço R$ da Cadeia Produtiva: se o esforço for maior que a Margem, é hora de reconsiderar.
Pontos de Atenção: essa é uma análise para especialistas em Custos e em Mercado, não é uma decisão para se tomar sozinho. tome cuidado ao cortar produtos de Curva C que podem ser catalisadores em vendas casadas ou mesmo estratégicos para posicionamento de mercado.
E aí, quais custos sua empresa não enxerga hoje?
Grande abraço e muito sucesso!
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