A Importância da Cultura Organizacional nos Resultados

Você já escutou sobre Gestão do “Mi Mi Mi”?

Você já percebeu que a discussão pelo que é “politicamente correto” na sociedade está cada vez mais acirrada?

De meninos vestem azul, meninas vestem rosa a campanhas de que qualquer criança brinca com qualquer brinquedo, essa discussão naturalmente transcendeu a sociedade e chegou nas organizações (e sim, isso é bem chato, porém relevante).

“Você deve tratar seu colaborador assim, não deve tratar assado”.

“Use essa ou aquela ferramenta para essa ou aquela situação”.

Tenha resiliência para “todos” os momentos, etc, transformando ou esperando que os líderes sejam quase “super-humanos”.

Desenvolvimento Humano

Veja, eu sou consultor há 20 anos, trabalhando com Alta Performance Organizacional e Humana nesse período, sendo ferrenho defensor do Desenvolvimento Humano e do MÉTODO, não “usando martelos para parafusos”, ou seja, cada ferramenta sendo utilizada na situação adequada.

Porém, apesar dos pesares, não sou cego, tem horas que isso não é possível, pois dependendo do problema ou situação, você simplesmente terá que usar o que tem nas mãos e não ir na sua sala, tablet ou laptop recorrer à uma ferramenta.

É mais ou menos você estar no meio do fogo cruzado de uma guerra, levando inúmeros tiros, sua munição acaba e você vira para seu inimigo e fala:

“espera aí, deixa eu pegar minha ferramenta de feedback para resolvermos essa situação de forma amistosa”.

Por fim, ao invés de mil e uma metodologias, alguns simplistas (todo mundo já passou por aqui) recorrem empiricamente ao “um tapa e um beijo”, “teste de torque para ver se espana”, “temos que quebrar ovos para fazer uma omelete”, “ovos com bacon e temos que ser como o porquinho, o comprometido”.

Liderança e Cultura

Nesse tocante, cabe entender que, lidar com pessoas nunca será uma ciência exata e, naturalmente, se você não “configurar” a mentalidade e atitudes corretas do seu time na busca do que a empresa quer, Spoiler Alert: A Cultura da sua empresa pode levá-la à catastróficos resultados!

E isso não é metáfora, já vi empresas de médio porte faturando R$ 300 milhões que simplesmente por uma Cultura passiva se atolaram em dívidas e quase foram a falência, recorrendo à Turn Around da nossa Consultoria para equilibrar o jogo.

Então, exceto se você for um Monopólio, o que convenhamos é a grande minoria, atenção redobrada!

E, aí vem a pergunta de quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?

Quer dizer que: primeiro vem o Clima Organizacional para gerar resultados ou primeiro eu faço resultados para então trabalhar no Clima Organizacional?

Na minha modesta opinião, sem resultados, não há clima, simples assim!

Se dá para equilibrar? Depende.

A Gestão do “Mi Mi Mi”

Nesse ano eu aprendi uma expressão que nunca havia ouvido na minha vida (e olha que já passei por situações bem inusitadas nessas andanças pelas 5 regiões do país): Gestão do “Mi Mi Mi”.

Pois é, como havia dito, transcendo da sociedade para as organizações.

Mas o que isso quer dizer?

Quer dizer que você deve regular o torque, a pressão, a cobrança por resultados e por alto desempenho, dar uma “seguradinha” na sua régua, pois não é o time que não corresponde, mas sim você como líder que não é “aderente” a cultura.

E claro, uma andorinha não faz verão, portanto você deve entender que esse processo de “maturação” ou amadurecimento das pessoas será em etapas, lembrando que você terá o nível médio de maturidade da organização, mas área a área, podemos ter maiores ou menores “maturidades” e terá que agir no caso a caso.

É como a literatura convenciona: em menores níveis de maturidade organizacional, as pessoas se sentem (e agem) como crianças carentes que querem atenção e se você for um “pai desnaturado” não vai fazer as coisas funcionarem, o famoso “não vai rolar”.

É aí que o(a) Líder identifica o que deve ser feito e classifica que o “Mi Mi Mi” deve ser entendido como Maturidade de Gestão e que, você não conseguirá imprimir uma Cultura de Alto Desempenho até passar por todos os estágios de maturidade das pessoas e da organização.

Aí vem a pergunta mágica: como fazer isso?

Implantar uma Cultura de Alto Desempenho

Hoje vivemos uma supervalorização da Tecnologia nos negócios, muitas vezes acreditamos que ela pode ser a solução de “todos” nossos problemas.

Mas isso não é novo.

Desde que iniciei minha carreira estagiando em consultoria nos idos de 99 / 00, essa confusão já acontecia.

Porém, já passei por mais de 300 empresas, dos mais variados portes, níveis de receita e segmentos e posso te afirmar sem medo de errar:

a Cultura vem BEM antes da Tecnologia, no que se refere à níveis de resultado e até nas mentorias que dou para Start-Ups, os métodos pregam que você primeiro deve “trabalhar analógico”, para depois ir para Tecnologia.

Entenda que, para atingimento de níveis de Performance e Resultados sustentáveis, você precisa de 3 ingredientes:

Pessoas (Cultura), Processos e Tecnologia (sim, ele vem em terceiro).

Primeiro, esqueça o imediatismo, não vai funcionar!

Mas Cícero, a empresa está quebrando!

Nesse caso, você terá que trocar boa parte da Liderança Formal e Informal da empresa para imprimir uma nova cultura, ponto!

Agora claro, eu sei que isso quase nunca é uma opção viável.

Entendido esse ponto, meu caro, minha cara, você deve “esquartejar” ou “dissecar” a Cultura Organizacional na qual você, enquanto Líder, está inserido(a).

Logo após, temos alguns passos a seguir:

  1. Clarifique quais são os desvios de Desempenho que você tem hoje;
  1. Entendido esses desvios, categorize o que, qualitativa (o que) ou quantitativamente (quanto) são problemas de Pessoas (Cultura), Processos ou Tecnologia;
  1. Entenda o perfil de cada indivíduo com perfilamento MBTI, DISC, Eneagrama, HBDI, etc, para saber com quem está lidando e os potenciais de cada time;
  1. Faça uma lista de prioridades, do que vai trabalhar, sempre começando pelas Pessoas (Cultura), começando pelo “Arroz com Feijão”, não fique “inventando moda” de Neurociência se seu pessoal não sabe nem o que é Comunicação Persuasiva ainda;
  1. Desenhe uma Rota (Road Map) das ações que serão feitas nesse ponto e quais os resultados esperados (metrificados por um Indicador);
  1. Comunique o time de forma Clara, mostrando por que estamos indo nessa direção, onde e como chegaremos;
  1. Aja!

Com esses passos bem aplicados, que chamamos de Rota para o Alto Desempenho, fica mais simples de clarificar e entender como podemos ser maiores e melhores.

Mas lembre-se, isso não é uma receita de bolo ou um trilho fixo. Você deve adequar cada etapa à sua realidade e ir acertando a sua rota.

Acesse em nosso Blog mais conteúdos sobre esse assunto!

Grande abraço e muito sucesso!

Sobre o Autor:Victor Vitorette
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Victor Vitorette é Diretor das Operações com mais de 20 anos de carreira nas áreas de Gestão de Custos, Produção Industrial e junto à Ferreira Filho Associados, geraram mais de R$ 1,35 Bilhão em resultados nos clientes, através da aplicação de metodologias voltadas a Redução de Custos e Despesas e Aumento de Faturamento.
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